De 28 a 30 de Outubro decorreu em Santo Domingo, na República Dominicana, a XI Conferência Anual Intergovernamental das Américas. Com uma excelente organização da Direção Geral de Contratações Públicas e da sua dinâmica Presidente, Dra. Yokasta Guzman, este evento abordou o modo como a contratação pública pode contribuir para os objetivos de desenvolvimento nacionais, com especial enfoque na agricultura familiar, nos pequenos negócios geridos por mulheres e nas PMEs.

Em conclusão de um grande número de apresentações, de qualidade excecional, e dos depoimentos de diferentes países da América, duas questões ficaram na minha cabeça:

E se as tecnologias e serviços de contratação pública, conduzidos por departamentos nacionais de compras oferecessem mais incentivos e apoio às pequenas empresas para tornar a sua oferta mais digital e para que os contratos públicos possam ser usados como um catalisador? Imagine-se a possibilidade de ter serviços de segurança presentes nas áreas rurais, a transmitir informação num formato semelhante ao Google StreetView, para permitir às Pme’s apresentarem os seus produtos em catálogos digitais, podendo posteriormente ser dada formação de como licitar na internet, não apenas a governos mas a compradores privados também.

O impacto extraordinário dos contratos públicos nas economias e a importância da tecnologia para acelerar o desenvolvimento e a competitividade das PMEs, tendo o Chile como um exemplo, não deveria ser um sinal que muito mais esforço deveria ser empregue do lado dos fornecedores, em vez de colocar a maior parte do investimento do lado do comprador, como parece estar a ser feito agora?